Por que não?



         Já se encontrou em uma situação em que quis dizer "não" e acabou dizendo "sim"? Você geralmente não enfrenta problemas com quase ninguém e é considerado uma pessoa amável? Provavelmente você tem o pensamento do "por que não."

A pessoa do "por que não" sempre tem uma voz na cabeça que pergunta: "por que eu não deveria fazer isso?" ou "por que não ajudar?" Isso inicialmente parece algo bom, e geralmente é! No entanto, infelizmente, muitas vezes não é tão benéfico para quem age assim.

Esse tipo de pessoa costuma não ter conflitos com os outros, mas isso a leva a engolir sapos ao longo da vida. Esse comportamento pode resultar na acumulação de tantas situações conflitantes que, eventualmente, ocorre o pior cenário: uma completa desconexão consigo mesma, onde ela pode se perder em seus conflitos internos.

Normalmente, agimos assim por medo de conflitos e/ou devido a uma autoestima abalada. Aqui está o cerne do problema, agir assim em relação a tudo e todos é perigoso para quem pratica, pois, gradualmente, esquecemos de nos priorizar.

Obviamente, não estou sugerindo que você deva se tornar a pessoa mais egoísta do mundo a partir de agora (os extremos são sempre prejudiciais), mas é importante parar e refletir se está se colocando em primeiro lugar. Na sua vida, somente você pode saber exatamente o que deseja e o que pode fazer a respeito. Esperar que os outros ajam sempre levará a decepções.

Uma lição que aprendi ao longo dos anos é que os conflitos são inevitáveis e necessários para a resolução de problemas na vida de qualquer pessoa. Quanto mais você os evita e adia, maior e mais desnecessário o conflito se torna no futuro. Portanto, resolva seus conflitos enquanto ainda são pequenos.

No final das contas, acredito que a mensagem principal seja se amar. Você não precisa deixar de ser quem é. Na verdade, eu ainda sou uma pessoa do "por que não", mas hoje reconheço isso e procuro garantir que não me prejudique. Ser uma pessoa do "por que não" também significa que você tem a capacidade de aceitar as diferenças com facilidade. Isso significa que você valoriza a compaixão e a empatia, encontrando um equilíbrio saudável entre ajudar os outros e cuidar de si mesmo. Afinal, amar a si mesmo e aos outros é a chave para uma vida equilibrada e significativa.

Assim, a verdadeira sabedoria reside em encontrar um equilíbrio entre cuidar de si mesmo e mostrar compaixão e generosidade aos outros. Amar a si mesmo não é egoísmo, mas sim a base para construir relacionamentos saudáveis e uma vida mais satisfatória. Seja a pessoa do "por que não" que abraça as diferenças, mas nunca esqueça de incluir a si mesmo nessa equação.


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